quarta-feira, 4 de maio de 2011

Amigos de 'Infância'

Em certo aspecto da minha vida, fui uma pessoa sem raízes. Explico...

Por motivos diversos, fui criado em cidades distantes da minha família paterna e materna. Meus pais mudaram muito de cidade enquanto eu ainda era pequeno: em 1988, eu tinha apenas 4 anos e saí da cidade onde eu nasci. Em 1990, apenas 2 anos depois, mudei de cidade novamente; vim para Campinas, de onde fui sair em 2002 (mas voltei em 2006). Além disso, mudei bastante de escola: em 1994 e em 1998.

Enfim, tudo isso para explicar que eu não tenho amizades 'antigas'. Todas as minhas amizades são relativamente recentes, pessoas do trabalho, da faculdade, da república, e os que conheci através da minha esposa. Exceto...

Exceto duas pessoas que eu sempre levei para todos os lugares onde eu fui, e tenho plena certeza de não estar sendo hipócrita. Duas pessoas que eu conheci e que, entre 1999 e 2002, convivemos diariamente, muitas horas por dia. As vezes a vida e as situações as vezes nos afastaram um pouco, é verdade, mas o contato e as lembranças nunca se perderam!

Duas pessoas TÃO diferentes, mas igualmente sensacionais... de coração bom. Modéstia a parte, acho que essa é a característica que talvez mais nos una: apesar dos temperamentos diferentes, no fundo, no fundo, não passamos de três meninos bons.

Esses dois 'ilustraram' uma época fantástica da minha vida. Matamos muita aula, pulamos muro, bagunçamos muito nos laboratórios de química, nos revoltamos muito com pessoas que achávamos imaturas, colocamos muito Frank Sinatra para tocar em plena sala de aula. Trocamos muitos GBs de MP3 (na época que a banda era 'estreita'), compartilhamos senha de internet ilimitada na época que isso também era um luxo... enfim, basta parar para pensar, e em alguns segundos, brotam milhares de lembranças boas, brincadeiras, situações, a expectativa por cada intervalo (ou janela) de aulas, diariamente.

Um dos momentos que tive uma visão plena de toda a importância dessa amizade foi no meu casamento, ano passado. Hora que vi, tinha esses dois ao meu lado. Eu só conseguia pensar: "quanto orgulho de ser amigo de vocês. Como é bom ter vocês aqui. Como era ESSENCIAL para mim vocês terem vindo".

Tudo isso começou em uma conversa com um deles, onde percebemos que estamos ficando velhos, e que nos conhecemos quase a tanto tempo do que tínhamos de idade quando tudo começou... Rsrsrs... que bom estarmos todos juntos! :)

Engraçado que eu leio todo esse texto e vejo que consegui expressar muito pouco do que eu realmente sinto. Mas pelo menos consegui deixar escrito, eternizado, uma fração desse momento.

Obrigado, Bleno e Raphael. Obrigado por tudo. Obrigado por fazerem parte da minha vida! Eu amo vocês!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

O Futebol e As Copas da Minha Vida

Li um texto do Felipe Andreoli (http://felipeandreoli.blog.terra.com.br/2010/06/10/ke-nako/) que fala exatamente sobre como foram, para ele, as Copas que ele assistiu. Vou me aproveitar do conceito e falar sobre as 'minhas'.

Antes disso, vou colocar o contexto de como a adoração por futebol passou a fazer parte da minha vida. Meu pai nunca foi ligado em futebol. Sempre foi um corintiano que não liga para o time. Ou melhor... não ligava. Vou prosseguir e chegamos lá.

Meu pai me ensinou muito, muito mesmo, mas não me iniciou no mundo do futebol, provavelmente porque também não fizeram isso com ele. Um dos resultados: corinthiano, teve 3 filhos são-paulinos. Como filho mais velho, eu fui o primeiro a torcer para o São Paulo, claro que influenciado por aquela época dos títulos mundiais de 92 e 93, em que a maioria dos meus colegas de sala eram pirados pelo time. Foi uma das poucas vezes na vida que fui influenciado por outros, mas foi uma ótima decisão. Rs. Em 93, tornei-me 'oficialmente' um São paulino. E aí meus outros dois irmãos me seguiram.

Passei a tomar gosto pelo time. Tenho muitas e muitas lembranças de assistir jogos de quarta, sozinho, enquanto todos em casa já dormiam. Lembro de torcer em uma final de algum campeonato obscuro, numa TV de 10", no quintal de casa, no meio de um churrasco, numa transmissão feita pelo SBT. O São Paulo venceu. Comemorei sozinho, feliz. Lembro também que andava de bicicleta no domingo a tarde, mas ouvia os jogos do São Paulo num radinho de pilha.

Outra lembrança é o Campeonato Mundial de 2005. Foi o primeiro campeonato mundial do São Paulo que eu realmente assisti. Claro que eu quase enfartei, tanto no jogo com o Al-Ittihad,pela semifinal, jogo duríssimo, 3x2 para o São Paulo, quando na final, com o Liverpool, 1x0, aquela defesa inesquecível do Rogério Ceni. Novamente, assisti os dois jogos e comemorei sozinho. Mas comemorei MUITO.

Algumas coisas mudaram desde então. Meu pai, um pouco influenciado por mim, agora acompanha os jogos do Corinthians. E, na boa: agora moro fora de casa, e as vezes assisto jogo na casa do meu pai e minha mãe. Eles torcem pelo São Paulo. Na verdade eles torcem porque vêem minha empolgação, vêem que eu fico realmente feliz.

Ah, isso sem falar no capítulo 'jogos eletrônicos de futebol'. Comecei a pegar gosto em um jogo chamado Actua Soccer, tosquíssimo, mas era animal. Adorava jogar Brasil x Costa do Marfim pra ganhar de goleada. A jogabilidade era meio sofrível, lembro que curti demais quando consegui fazer o primeiro gol de cabeça. Depois veio o FIFA 98, inclusive com aquele 'jogo de quadra' inesquecível; lembro que eu jogava com um amigo via modem (!), ligação telefônica direta. FIFA 2002, depois fui para os Winning Eleven/PES, e agora jogo FIFA10. Um dia, estava jogando com um amigo (Ipatinga), eu não tinha time fixo... ele me disse "joga com o Chelsea.". Não levei muito a sério, mas resolvi seguir a recomendação. Para quê... Gostei demais do time, passei a acompanhar os jogos reais, e aí, com aquele futebol fantástico, não teve como: passei a torcer pelo time. Tenho camisas, inclusive dei uma para o Ipatinga, como agradecimento. Setembro vou para Londres, em lua de mel, e vou realizar um sonho, assistir a um jogo do Chelsea no Stamford Brigde. Ah, meu pai... passou a assistir os jogos do Chelsea comigo e agora acha o futebol deles impressionante, com qualidade muito superior ao que vemos por aqui. Me faz perguntas, se interessa mesmo.

Bom, vamos para as Copas.

1986: Eu tinha dois anos. Sem condições de lembrar de nada.

1990: Não lembro de nada também. Se bobear, nem vi nenhum jogo.

1994: Essa eu vi, e lembro muito bem. Quanta emoção, quanta torcida, quantos jogos ganhos de forma extremamente disputada, a cotovelada do Leonardo, aquele jogo com a Holanda, onde temi a derrota. Minha família assistiu junta a final e comemorou muito!!!

1998: Achei que a gente ia levar de novo. Muita decepção na final. Mas vi até o último segundo de jogo. Fiquei triste.

2002: Foi uma Copa muito diferente. Eu morava em Itajubá-MG, o povo saía na rua, de madrugada, para ver os jogos da Copa. Fantástico!!! Vi a final na casa dos meus pais. Foi meio sem graça...

2006: Puta decepção. Assisti em Itajubá também. O jogo fatídico, contra a França, assisti em um lugar onde haviam umas 200 pessoas, tomando uma cerveja. Desacreditei quando tomamos aquele gol. Maldito Roberto Carlos. Lembro de ir para casa e ver a população de cabeça baixa... alguns revoltados, gritando, chorando muito.

2010: Expectativa!!! Hehehe

Preciso dizer também que, hoje, a Dani, que gosta de futebol, assiste todos os jogos de futebol comigo. E torce, MUITO. As vezes mais do que eu. Hahahaha. Estamos muito expectativos por essa Copa.

Essa é a parte 'futebol' da minha vida.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Estreando...

Bom, começa aqui o meu blog, Ponto de Fulgor.

Não espero que ele tenha um objetivo 'fixo', mas a intenção, neste momento, é criar um blog de posts curtos. Aquelas coisas que tenho vontade de falar no Twitter, mas faltam caracteres. Ainda bem. Hehe... cada ferramenta com seu foco.

Em breve, muito breve, saírá o primeiro post. Provavelmente algumas pessoas vão odiar, talvez algumas gostem e as palavras mudem algo em suas vidas, mesmo que seja um ponto de vista. Tomara que sejam leituras minimamente úteis.

Ah, claro que não poderia deixar de comentar o título do blog. Acreditem, tentei MUITOS antes de encontrar este, vago. Mas gostei bastante, provavelmente está bem alinhado com o conteúdo dos posts, ligeiramente polêmicos. Hehe

Um abraço!